Conservação

O Bioparque Pantanal é um empreendimento de alta complexidade científica e operacional. Ao todo 330
espécies de peixes neotropicais são mantidas nos 33 tanques de exposição. Isso é especialmente verdadeiro se levado em conta o fato de que, para muitas das espécies da região Neotropical e do Pantanal, o conhecimento científico acerca da biologia, fisiologia e comportamento é insipiente ou limitado. Neste sentido, podemos entender que o desafio de reproduzir e manter os animais saudáveis oferece oportunidades únicas para pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.


O Bioparque Pantanal é o único aquário público que detém espécies exclusivas de peixes neotropicais do
mundo, incluindo o maior acervo de cascudos, com 81 espécies oriundas do Pantanal e Amazônia, o que nos levou a criar o “Centro de Conservação de peixes Neotropicais do Bioparque Pantanal” (CPPN Bioparque Pantanal), um espaço destinado para criação de protocolos eficazes para a conservação da diversidade de peixes de água doce, seja considerando linhagens com espécies enquadradas em elevado risco de extinção, potenciais espécies ameaçadas e até mesmo espécies oriundas de diferentes bacias hidrográficas de todo o Brasil, sendo de fundamental importância para a manutenção da biodiversidade e funcionalidade ecossistêmica em ambientes aquáticos continentais.


Diante disso, criamos e implantamos no Bioparque Pantanal o CENTRO DE CONSERVAÇÃO DE PEIXES
NEOTROPICAIS que tem como objetivo inicial a criação de protocolos de reprodução para 38 espécies de
peixes neotropicais, abrangendo grupos mais vulneráveis. Com mais de 200 matrizes distribuídas em 60 aquários ativos, O CPPN Bioparque Pantanal conta com dois espaços físicos: o primeiro direcionado para a manutenção de matrizes e reprodução e o segundo onde são realizados os estudos de desenvolvimento dos ovos e larvas em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


Ao todo 24 espécies de peixes e um anfíbio já se reproduziram com sucesso no CCPN Destes registros, TRÊS REGISTROS INÉDITOS PARA CIÊNCIA, incluindo uma ameaçada de extinção (cascudo-viola), E UMA ESPÉCIE NOVA DE TETRA PANTANEIRO PARA CIÊNCIA.