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As altas temperaturas dos últimos dias também afetam os animais, mas no Bioparque Pantanal, cuidados especiais garantem conforto e bem-estar para as espécies que mais sentem os efeitos do calorão.
Os peixes não sofrem com os termômetros altos, pois a temperatura da água se mantém constante. Já os jabutis e a famosa sucuri Gaby Amarantos recebem tratamentos específicos para amenizar o calor.
Duas vezes ao dia, os visitantes do complexo se deparam com o refrescante banho dos jabutis. Ao ar livre, os animais são tratados pela equipe de manejo que garante o bem-estar diário dos habitantes do maior aquário de água doce do mundo.
Além do banho, Leão e Donatelo, como carinhosamente são chamados os jabutis, recebem alimentos frios e com maior quantidade de líquido para mantê-los hidratados. Uma piscina rasa também fica à disposição da dupla no recinto.
Gaby Amarantos, apesar de vir de uma região quente, o estado do Pará, também precisa se refrescar no Mato Grosso do Sul. A areia do recinto da cobra é molhada, e os profissionais do complexo ainda borrifam água em seu corpo ao longo do dia, ajudando o animal a se manter fresco.
Conforme explica Carla Kovalski, bióloga-chefe do Bioparque Pantanal, como está muito quente, esses animais trocam calor com o ambiente, pois não têm a capacidade de termorregulação que o ser humano e os mamíferos têm. “Os répteis trocam calor diretamente com o ambiente. Se o ambiente está muito quente, consequentemente, eles ficam muito quentes também, e para aliviá-los, nós deixamos o ambiente mais favorável, a temperatura mais amena, com mais umidade. Assim, adequamos os parâmetros e proporcionamos conforto”.
A Diretora-Geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, reforça o compromisso com o bem-estar animal e o conceito moderno de aquários e zoológicos. “O bem-estar de cada vida é prioridade no empreendimento, e durante esta onda de calor, nossos profissionais elaboraram protocolos para que os animais não sofressem com o calor. Nossos tanques contam com um robusto sistema de suporte à vida automatizado que dispõem de equipamentos que controlam a temperatura de acordo com as especificidades do plantel e, por este motivo, os peixes não sentem o impacto do clima quente. Já os répteis necessitam de atenção especial neste período, assim como na época de frio”.
Rosana Lemes, Bioparque Pantanal
Fotos: Eduardo Coutinho