Lobinha Delinha

O cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), também conhecido como graxaim-do-mato, lobinho, lobete, raposa e rabo-fofo, é o canídeo brasileiro mais bem conhecido. Sua coloração varia do cinza ao marrom, com orelhas curtas, cauda relativamente longa e pelos longos de coloração preta.

Endêmico da América do Sul, está amplamente distribuído pelo continente (exceto na Amazônia). Habita regiões montanhosas (até 3.000 m), mas prefere áreas abertas como campos e cerrados. Territorialista, pode ser observado em grupos contendo um casal de adultos e com um a cinco filhotes.

Sua dieta é onívora e inclui desde frutos até pequenos mamíferos. Também se alimenta de artrópodes, anfíbios, répteis e aves. O animal adulto pode chegar de 4,5 a 7,7 kg. Por ser considerado um dispersor de sementes, o cachorro-do-mato contribui para a manutenção da flora e recuperação de áreas afetadas de diversos biomas.

O estado de conservação está classificado como “Pouco preocupante” pela União Internacional para Conservação da Natureza. Apesar disso, as principais ameaças são doenças transmitidas por cães domésticos (por exemplo, raiva, sarna e cinomose), caça e atropelamento em rodovias e ferrovias. A espécie se beneficia de campanhas preventivas contra o efeito de doenças adquiridas de animais domésticos e ações de fiscalização, prevenção e educação.

O cachorro-do-mato é uma das espécies de mamíferos mais atropeladas do Brasil. Dentre as ações de prevenção estão as instalações de lombadas, valetas, passagens de fauna, radares, placas sinalizadoras, fiscalização e conscientização de motoristas.