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O evento técnico-científico celebra os três anos de inauguração do maior aquário de água doce do mundo, espaço que aproxima os estudantes da produção científica e da biodiversidade, e se tornou um dos principais pontos turísticos do Brasil .
Natural de Ribeirão Preto (SP), a zootecnista e médica veterinária Maria Angela Panelli conta que seu trabalho com próteses em animais silvestres iniciou em 2014, quando uma maritaca, espécie de ave, chegou com o bico quebrado em seu consultório.
Na ocasião, outros profissionais, desacreditados com a sobrevivência do animal, indicaram eutanasiar. Panelli lembra que pediu para tentar produzir uma prótese com um novo bico para a ave. O implante foi um sucesso e ao longo destes 11 anos, a profissional já salvou mais de 10 mil animais silvestres da eutanásia, dando uma nova chance e esperança de vida para as espécies.
A palestrante relembra, com emoção, sua trajetória na medicina veterinária marcada por amor e esperança. “Eu sempre quis trabalhar com animais, eu amo o que faço e me sinto muito à vontade no centro cirúrgico. Venho defendendo que animais com implante que não podem retornar a natureza e podem ter um destino em um lugar maravilhoso como o Bioparque Pantanal. A mensagem que eu quero deixar é mais conscientização sobre os animais de vida livre, queria respeito para esses animais, sem eles e sem a natureza, o ser humano não sobrevive por muito tempo”, comentou.
Além disso, a coordenadora do CRAS, Aline Bittencourt, apresentou o trabalho de reabilitação que é realizado no CRAS.
A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, mostra admiração pelo trabalho desenvolvido por Panellis. “O trabalho e o compromisso da Maria Angela é excepcional, essa dedicação e amor pelos animais fazem toda a diferença para a conservação da nossa biodiversidade, é admirável. Com as próteses os animais podem ter uma segunda chance para viver. No Bioparque Pantanal, o bem-estar e a qualidade de vida dos animais são prioridades em nosso trabalho diário. Nossa equipe multidisciplinar se dedica diariamente aos cuidados de cada espécie, garantindo alimentação adequada, acompanhamento veterinário e um ambiente saudável. Tudo isso reflete nosso compromisso com a conservação e a educação ambiental, que proporciona não apenas um espaço de visitação, mas também de aprendizado e respeito à biodiversidade”, afirmou.
O professor da UNESP de Bocatu, Vidal Haddad Junior, também palestrou na III Jornada, com o tema “Animais Peçonhentos do Pantanal”. O pesquisador destaca o potencial da biodiversidade partindo do estudo destas espécies, e como elas contribuem para o avanço da medicina.
“Cada peçonha tem uma série de toxinas diferentes e cada uma tem um efeito diferente. Então, as toxinas podem ser usadas tanto na defesa ou ataque dos animais quanto na medicina para o desenvolvimento de medicamentos. Um exemplo, é uma peçonha que baixa a pressão do ser humano e pode ser um remédio na dose certa. O principal medicamento para controle da hipertensão é o captopril, a medicação mais usada e é feita da toxina da jararaca. Estamos desenvolvendo também um medicação para hipertensão à base da toxina da arraia de água doce, muito presente no Pantanal”, explicou.
Parceria firmada
Durante a programação, o Bioparque Pantanal assinou com a Fecomercio e o Senac-MS acordo de cooperação técnico-científico e cultural e de parceria para a certificação internacional de sustentabilidade pela “Green Destinations”.
A programação da III Jornada de Pesquisa e Tecnologias se estende até esta sexta-feira (28), e proporcionará vivências através da passarinhada com o Instituto Mamede, apenas para inscritos, e também os minicursos de “Manejo com Animais Silvestres”, com a professora doutora Paula Helena Santa Rita (UCDB); “Biojóias com impressão de máquina corte a lazer”, ministrada por Andréia Cristina Lopes Corrêa e Rosana Cristina de Azevedo, do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul; e “Alterações comportamentais dos peixes devido às mudanças climáticas”, com a professora doutora Cláucia Aparecida Honorato da Silva da UFGD.
No período da tarde, serão realizados os talks: “Bioestratégias de Conservação em Tempos de Crises Climáticas”, com a participação do Instituto de Conservação de Animais Silvestres, Instituto Arara Azul, Instituto Tamanduá, IBAMA e Instituto Mamede; e “Economia Verde: Modelo de Prática ESG” com a Plaenge, Energisa e o Grupo Pereira.
Gabriel Issagawa e Caio Henrique Romero, Bioparque Pantanal
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